Na cidade de Tours, na França, o cão Tango, um labrador de 9 anos, foi chamado ao tribunal como testemunha e serviu de prova para acusar um homem de ter morto o seu dono. O juiz pediu ao suspeito para ameaçar o cão com um taco de basebol enquanto os jurados observavam a reação do animal.
Para que não restassem dúvidas os jurados tiveram também de observar, nas mesmas circunstâncias, o comportamento de um outro cão da mesma raça e idade. A experiência não resultou e os cães foram autorizados a voltar ao seu dia-a-dia normal. O advogado do suspeito, Gregoire Lafarge, falou à rádio francesa RTL e reagiu ao procedimento chamando a atenção para os perigos deste tipo de avaliação. “Então se o Tango levantar a pata direita, abrir a boca ou abanar a cauda isso significa que reconhece o meu cliente
?”, ironizou. “Acho que isto pode levantar graves problemas na justiça francesa”, concluiu o advogado. Um especialista em comportamento animal, Jaques Cordel, também criticou o procedimento do tribunal e chegou mesmo a considerá-lo ilegítimo. “Estas experiências são feitas com base em crenças populares e não têm qualquer base científica”, escreveu na revista francesa ‘Nouvel Observateur’. “O estudo do comportamento animal é uma ciência, não é uma brincadeira”, acrescentou. Esta não é a primeira vez que um tribunal chama um cão como testemunha de um crime. Em 2008, Scooby, um cão foi constituído testemunha num processo que decorreu na Flórida, nos Estados Unidos. O cão foi encontrado no apartamento onde aparentemente um homem de 59 anos tinha cometido suicídio. A família não acreditou e denunciou um possível homicídio. Scooby era a única testemunha que, na opinião do juiz norte-americano, poderia contar o que aconteceu.
Fonte: cmjornal.xl.pt
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